segunda-feira, 5 de julho de 2010

Uma forma de expressão inigualável...


Porra, caralho, puta que pariu... Sim, palavrões. Tão discriminados em situações formais, religiosas, e etc. Algumas situações realmente eles não cabem. Mas eu defendo SEMPRE, que são inigualáveis quando tentamos dar ênfase a uma situação. Eles são simples e ao mesmo tempo com uma complexidade gigante ao seu entorno. Deixem-me tentar explicar com um exemplo cotidiano.


“Você acorda depois de um final de semana cansativo, como de costume, de muita farra e tudo mais. Já desanimado com uma segunda feira de trabalho. Mas não é um dia qualquer, é aquele dia especial, onde você tem um projeto importante pra entregar pro seu chefe (o qual passou varias noites em claro para terminar, por isso a comemoração no fim de semana). E claro, como todo brasileiro, você acorda meio devagar, sonolento. Toma banho, um café feito as pressas, e sai já atrasado.

Como sempre há trânsito lento (por mais que viva em uma cidade onde NUNCA haja engarrafamento, acredite, ele existirá quando você estiver atrasado), e aquele desespero começa a chegar, nesse momento há o primeiro sinal de irritação (um suspiro BEM profundo). Quando os carros começam a fluir melhor pelas vias, está lá, na pista da esquerda um senhor idoso (daqueles que dirigem com o banco BEM pra frente, quase com o peito no volante), andando abaixo dos 40 km/h. Após uns dois quilômetros dando sinal de luz e buzinando, o senhor dá sinal e, vagarosamente, vai pra pista da direita. Ótimo, pista livre, você começa a acelerar para recuperar o tempo perdido. Quando se aproxima do semáforo ele instantaneamente, como num passe de mágica mesmo, fica amarelo. Nesse momento há aquele lapso de pensamento, ‘vai que dá’, mas no ultimo instante você acaba refugando de maneira consciente. Seria totalmente perfeito, se atrás não viesse um jovem (tipo aqueles que a recém tiraram a habilitação, e se acham profissionais ao volante), desavisado ele bate com tudo na sua traseira. Não com força suficiente para causar uma tragédia, mas força mais que necessária para um belo estrago. Nesse momento há o segundo sinal de grande stress (nesse ponto entram os palavrões de forma verbal), você diz, como quem desabafa, um belo ‘PUTA QUE PARIU’!

Agora imaginemos duas situações. Primeiramente sem palavrões. Você desse do carro com uma cara de ódio, mas totalmente contido, afinal você só vai atrasar o suficiente para levar um belo ‘esporro’ do chefe. Então você olha o estrago feito, olha para o jovem, olha para o estrago, e volta a olhar pro jovem. Então você diz: - Meu querido, você não viu que o sinal ficou amarelo? Você esta bem? Liga pro seu papai pra resolvermos isso. (Pessoalmente acho isso totalmente impossível e sem a menor graça.)

Vamos a segunda situação. Você desse do carro bufando, e com cara de quem vai matar o sujeito. Olha pro jovem, que já esta com os olhos esbugalhados de medo, olha pro estrago no seu carro, torna a olhar o jovem (com a expressão facial mais assustadora que você conhece) e diz: - PORRA! Você não viu que o sinal ficou amarelo, o FILHO DA PUTA? (em meio a esse ‘desabafo’, você para e pensa... PUTA QUE PARIU).

E o jovem? Aquele sujeito novo e ainda totalmente inexperiente em situações assim, o que ele fez? Ah, simples, no momento ele acelerou e pensou ‘opa, vai dar tempo’. Pois é, não deu e acabou entrando com tudo na traseira do seu carro. E o que ele pensou? Simples, ‘FUDEU’!”

Pois bem, no ultimo post eu prometi explicar quem foi “Fela Kuti”. Nigeriano que em 1958 se mudou para Londres na intenção de estudar medicina, mas acabou escolhendo estudar música. Com o conhecimento adquirido ele criou o que hoje é conhecido como “afrobeat”, uma mistura de Jazz, Funk, e cantos tradicionais africanos. Também foi ativista político e defensor dos direito humanos, com isso sua música traz consigo um “swing revolucionário.”

Pra quem achava que eu sou um cara totalmente sério, está ai. Seriedade é importante e necessário por vezes. Mas o bom humor, ah... Esse é SEMPRE necessário.


*Post escrito ao som de Bezerra da Silva – “Especial”.

7 comentários:

  1. kkkkk tbm defendo a palavrão como forma de expressão que chega mais perto da revolta do momento =x
    Muuito bom! =D
    Deveria ter escrito mais ;P

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  2. EU FALO MOOOOITO PALAVRÃO. POR NADA E POR TUDO.
    EU FAÇO PARTE DE UMA COMUNIDADE CATÓLICA E QDO TÔ LÁ ÀS VEZES SOLTO UM 'PORRA!' E O POVO COMEÇA A RIR... FAZER O QUE?

    BJS...

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  3. PUTA QUE PARIU. saudades pra caralho de você :x

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  4. Meu bem,
    um tempinho sem vir aqui... mas, pra variar, sempre curtindo muito o espaço.


    ;*

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  5. Nada como falar um palavrão num momento de tensão, raiva. É muito bom! haha
    Mas parece que é comprovado, quando vc fala um palavrao o organismo solta uma substância que faz vc relaxar, nao sei se é a endorfina, mas existe. Interessante isso.
    Ótimo post, como os outros que li também. Vini sempre culto ;) ahah

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  6. Ah... cada um tem um ponto de vista.
    O maior luxo que se pode ter é educação! Então, acho feio quando qualquer pessoa coloca muitos palavrões em uma frase. E se for melhor é pior porque fica deselegante! Mas isso sou eu! Não vou sair cortando quem fala :)
    Entendo seu ponto de vista tb!

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